“A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos.” Jean Molière

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Guerreiros "vagalumes"


Foto: Google Images.

Meu espírito vagabundo
Sopra forte dentro de mim...
Por um momento,
Não sei quem sou e nem o que serei...
Estou na metamorfose do tempo
Em um espaço limítrofe,
Quilômetros e quilômetros
Longe de meu povo...
E esta vida louca
Tento atravessá-la,
Sob forte ventania,
Deixando aflorar minha loucura da alma
Que me diz para ficar,
Que me diz para ir...
Qual voz tem razão nessa louca indecisão?
Tupã me deixou livre no caminho,
Mas esqueceu-se de indicar a estrada...

Tupã, o mais louco dos loucos,
Tira seus guerreiros da aldeia
Para que andem como vagalumes na noite escura
A iluminar a trilha dos homens embrenhados na grande Floresta...
Arco e flecha na mão,
Caminham solitários
A escutar o canto da tribo,
Bem longe,
A dizer-lhe que não estão sozinhos nessa travessia:
Guerreiros são guerreiros porque caminham com os pés
E voam com a alma até a Maloca Mãe...
Lugar onde deixaram seu coração
E para onde voltam no pensamento
Pela força da saudade!
Mas tudo isso é culpa de Tupã
Que não deixa seus guerreiros em paz
E coloca vento em seus passos
Para que sigam em caminhada,
Na trilha da vida,
Até descansarem na tão esperada
Terra Sem Males!

(Poesia de Elisangela Dias Barbosa)

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