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Foto: Elisagela Dias Barbosa, 2012. |
Um menino índio fez a dança da chicha no meu coração.
Encarnou um ritual de amor sob o arco-íris, incorporando o elo entre o humano e o divino, entre o tangível e o intangível, entre o real e o sonho, anunciando a chegada de uma divindade.
Um pouco de Eros, o deus grego do amor, filho de Zeus e de Afrodite, a deusa que me guia.
Um menino deus, com um pé no Olimpo e outro aqui, no mundo dos homens e das mulheres, que lança nos corações humanos flechas de sensibilidade, de encanto, de esperanças libertárias.
Menino sol, menino luz, farol a indicar caminhos nas noites sem lua cheia, nas noites sem poesias, sem tertúlias.
Menino anjo, mensageiro do sonho de justiça e igualdade, guardião de um outro mundo possível, de um futuro de beleza para humanidade, mesmo que uns ainda teimem em negá-lo.
Menino índio, menino deus, menino sol, menino da cor do arco-íris.
Menino índio, menino deus, menino sol, menino da cor do arco-íris.
Maiakóvski
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