“A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos.” Jean Molière

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Aos amigos


Pelas estradas do êxodo!
Esta se faz longa...
Mas, caminhando,
Percebo que não estou sozinha.

Pelas estradas do êxodo,
Um horizonte
Abre-se iluminado:
São os amigos!
Movidos,
Todos juntos,
Pelas águas da amizade,
Vivemos o mistério do encontro,
Do encanto e desencanto,
Da aceitação recíproca do outro
Como outro,
Sem fingimento.

Pelas estradas do êxodo,
Explode a vida!
E o que estava escondido
Tornou colorida a realidade:
Somos amigos e nada mais!
Simplesmente, amigos!
E isso nos basta!


Pelas estradas do êxodo,
Seguimos por mares distantes:
"navegar é preciso".
Lados opostos
Que se encontram
Na lembrança!


Pelas estradas do êxodo,
Restou-nos a alegria do encontro vivido,
O sorriso partilhado e a lágrima enxugada,
As brincadeiras no grande rio da amizade,
Desafiando os nossos medos!


Pelas estradas do êxodo,
Olho para o alto
E contemplo também ali
A beleza da amizade:
Das cores diferentes
Que se encontram
E se enriquecem mutuamente!

Pelas estradas do êxodo,
Percebo em mim
Sinais eternos,
Os sinais deixados
Pelos meus amigos,
Meus bons amigos,
Meus velhos amigos,
Eternos amigos!

Pelas estradas do êxodo,
Percebo-me como uma gota d'água!
Minúscula!
Impotente!
Mas, novamente,
Sei que não estou sozinha,
Porque levo comigo
Meus amigos.
E com eles,
A gota d'água que sou
Torna-se cachoeira
Pela capacidade de amar!


Pelas estradas do êxodo,
Descubro-me sempre a casa!
Porque onde quer que eu esteja,
Seja qual for a casa...
... Lá encontrarei amigos!


Pelas estradas do êxodo,
Vôo no pensamento
E volto às origens,
Ao rio da amizade:
As águas são sempre novas,
Mas o rio permanece ali,
Sempre a nos esperar...
... Assim como os amigos!

 (Elisangela Dias Barbosa)


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