“A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos.” Jean Molière

domingo, 6 de outubro de 2013

Flash de Uma Vida Itinerante





A vida vale a pena quando valorizamos cada momento que ela nos concede, quer sejam bons ou não... Caminhei muito. Atravessei fronteiras. Apesar de tanta estrada, sob o sol quente ou sob a sombra refrescante da vida, carrego comigo uma bagagem especial: um coração repleto de rostos, dos amigos e da família, e as lembranças daqueles dias que me fizeram dizer "hoje, valeu a pena viver". Neste vídeo, algumas pinceladas de minha bagagem especial da experiência em Minas Gerais, a terra que me acolheu e que hoje me envia para as terras amazônicas... Beijos no coração!

Elisangela

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nossa Poesia

Foto: Pastoral da Juventude de BH, em Esmeraldas, setembro/2013.


Nossa poesia na luta, nos sonhos, nas quedas, nos tropeços, na festa!
Nossa poesia na convivência, no cuidado mútuo, no aprendizado, no que parece absurdo!
Nossa poesia nas rodas de conversa, nas horas de reuniões, na brincadeira, no tecer relações!

Nossa poesia é inclusão! É mutirão!
Nossa poesia é ciranda da vida! É mística e ação!
Nossa poesia é nosso jeito de ser e de fazer...

E quem leu e não entendeu é porque nele (ou nela) a poesia morreu!
Em nós vive e ecoa pelos quatro cantos da terra!

Enfim, nossa poesia é o verbo verbalizado, verbo escrito, verbo conjugado!
Jesus de Nazaré!
Poesia concreta!

Nossa poesia é nossa mão solidária na profecia do reino de Deus aqui na Terra,
No chão duro e lascado, entre todos os Severinos da Vida,
Para com eles morrer da mesma morte matada e da mesma morte morrida.
Não somos melhores que ninguém!

Mas a profecia do reino de Deus clama a vida e, mesmo solidários e solidárias no chão duro da vida e na secura do coração humano, não podemos deixar ninguém nem de  morrer de morte matada e nem de morte morrida...
Assim, nossa poesia é também grito, é indignação, é passos na estrada nas manifestações...
É sensibilização, é análise de conjuntura, é estratégia de ação...
Nossa poesia é política, é luta para garantir o pão!
E aí? Qual é a sua poesia?


Elisangela Dias Barbosa



Mulher tecelã

Katuapó tecendo artesanato Yawalapiti durante a V Aldeia Multiétnica. Foto: Anne Vilela, 2011.
























Tecemos a vida...

Tecemos os tempos de bonança

Com fios da dor,

Com fios de esperança.

Mulher guerreira,

Alma de ternura,

Espírito de fortaleza...
  

Pinceladas de Tupã em nosso ser.




Elisangela Dias Barbosa




Sou guerreira da Luz!








sábado, 7 de setembro de 2013

Grito d@s Excluíd@s 2013 - Belo Horizonte

GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS/AS
"Juventude que ousa lutar constrói o Projeto Popular"




"Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida..."



























"Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança..."


"Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho..."

























"Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou..."



























Fotos: Elisangela Dias Barbosa, 07/09/2013.
Trechos da canção "Enquanto houver sol" (Titãs).




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Cara de família (by Rodrigo Grecco)








Meu pai me disse que a vida
Não tem nada de marcada
E que o destino não é nada
Levando a gente na vida...

E toda vez que eu paro e olho
Pra esse velho companheiro
Vejo quem deu pra essas paredes
Essa cara de família...

Deixa eu ver a mão machucada...
Te levanta, deixa essa cama...
Estou tão triste, quero falar-te...
Fica calmo filho, não chora!...

E não sabem dar valor pra essas coisas...
Ter um lar é um tesouro!

Minha mãe me disse umas coisas
Sobre os ódios do meu peito
Disse que o ódio que se guarda
Vai matando só quem sente

Minha mãe juntou as minhas mãos
Ainda quando eram pequenas
E me falou que tinha um Deus
Que era um tal papai do céu
Que era Pai!
Deixa eu ver a mão machucada...
Te levanta, deixa essa cama...
Estou tão triste, quero falar-te...
Fica calmo filho, não chora!...

E não sabem dar valor pra essas coisas...
Ter um lar é um tesouro!

Meu Deus, como seria bom
Seria bem melhor se fosse sempre assim...
Meu Deus como seria bom
Só hoje pude ver o que isso fez pra mim...
Meu Deus como seria bom
Seria bem melhor pra cada um

E assim pra todos nós!!!



Composição de Rodrigo Grecco
Versão cantada por Pe. Fábio de Melo


Canção "Mataji"

"Na música, eu falo com o meu Criador!"



Canção: Mataji - As mães sagradas
Grupo Musical: Quatro Cântaros




Deixai-o dormir...

Foto: Arquivo de Elisangela, 2013.



Deixai-o dormir enquanto contemplamos os frutos da Criação
E aprendemos de nossa Mãe Terra que tudo tem seu processo,
Sua morte,
A escuridão fecunda,
O broto persistente que traz em si a potência da vida...
Deixai-o dormir, porque sabemos que,
Enquanto Ele dorme, seu coração vela por todos nós!


Elisangela Dias Barbosa




terça-feira, 20 de agosto de 2013

Teologia do isolamento?

Foto: Google Images.

O pior sentimento não é a solidão
É o isolamento!
É triste constatar que, ao mudar a rota do caminho,
Olharás para trás e perceberás um buraco na sua vida...
É o muro do isolamento!
Isolada, não terás a chance de dizer o porquê de suas escolhas...
Isolada, sofrerá a conseqüência da escolha, sem o direito a dizer adeus aos companheiros/as da caminhada...
Isolada, sua voz é simbolicamente silenciada...
Outros contarão a história de sua partida...
Com o risco de aliviar o próprio peso, sobrecarregando seus ombros...
Teologia do isolamento...
Teologia da opressão!
Mas, vamos, sigamos a estrada...

Deixemos o muro e olhemos o horizonte aberto!



Elisangela Dias Barbosa



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Do lado de cá (By Chimarruts)



Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
E o tempo tic taca devagar
Ponha o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
E tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá...

Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá...

A vida é agora, vê se não demora,
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular...

Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar

Do lado de cá...


(Composição: Fabrício de Gambogi / Gisele De Santi)

Pelas Comunidades Negras Brasileiras

Foto: Ana Martins, 2013.

"Está com todo som, na boca nas palavras.
Está em outro tom, nas sílabas caladas.
A minha linda voz.
Está como eu estou nas roupas, nas sandálias.
Está aonde eu vou na rua, nas calçadas
A minha linda voz
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para destoar
Para dissolver
Para despertar
Pra dizer
Está na cara, a cor, na sombra das imagens.
Em tudo o que supor, nos contos, nas miragens
A minha linda voz.
Está em toda dor, na gota de uma lágrima.
Da em qualquer sabor na beira da estrada
A minha linda voz.
Sou negra livre
Negra livre
Cheguei aqui a pé.
Para desnudar
Para derreter
Para descolar
Pra viver
 Para deslizar
Para devolver
Para desbocar
Pra doer
Para desamar
Para adormecer
Para desfilar
Pra vencer!"

(Canção Negra Livre, Negra Li e Nando Reis)


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tamborear

Foto: Google Images.








A alma índia sente a vibração dos tambores de longe...

Não sabe se a vibração é boa ou ruim, 

se são rumores de festa ou se é o chamado para guerra...

O silêncio gritante da natureza confunde seus sentidos...

Mais parece o silêncio de morte simbólica no ar...

Ou é a pausa da natureza para um novo advento?

Tupã deixe-me escutar os rumores dos tambores


Para entender a melodia!




Elisangela Dias Barbosa





Beleza entre espinhos

Foto: Elisangela Dias Barbosa, 2012.

Mesmo que a vida anuncie as cruzes do caminho, 
Eu acredito na ressurreição da vida!

Mesmo que a rosa se mostre cheia de espinhos, 
Eu contemplo sua beleza cheia de perfume!

Não posso muito, simplesmente, 
Posso dar tudo de mim nesta caminhada que nos irmana.
Na solidariedade orante, velando pelos passos cansados e feridos!

Na contemplação da beleza rara que se revela entre os espinhos!


Elisangela Dias Barbosa




Ponto de vista (Com Leonardo Boff)


"Cada um lê com os olhos que tem.
E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto."

* Leonardo Boff *



Para a Juventude Pejoteira de Belo Horizonte!



Faça sua inscrição no Blog da Pastoral da Juventude:



Diante do caminho já trilhado, das opções feitas ao longo da existência da Pastoral da Juventude e do momento vivido pela Igreja do Brasil celebramos, este ano, uma data muito significativa: o jubileu de 40 anos da Pastoral da Juventude no Brasil!

As comemorações dos 40 anos da PJ contarão com iniciativas, atividades e ações que desencadearão processos significativos na vida e na caminhada dos jovens organizados como PJ e de tantos outros que poderão fazer parte desta bela festa de vida, histórias e comunhão.

É nesse contexto que a Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belo Horizonte promoverá um grande momento de partilha, evangelização e formação de grupos e lideranças jovens: o Encontro Arquidiocesano da Pastoral da Juventude.

O Encontro Arquidiocesano será espaço de vivências, integração e formação para motivar os jovens a atuarem nas Comunidades e Paróquias em sintonia com a Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude que acontecerá em Belo Horizonte, em 2014 e dar continuidade ao processo de “Kairós” após a Jornada Mundial da Juventude.




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Capela interior

Foto: Elisangela Dias Barbosa, 2013.

Em meio a agitação da vida,
Sinto em meu coração um altar velando pelos passos teus.
Corro de um lado a outro,
E ainda consigo ver-me sentada em contemplação.
Minha alma trabalha
E meu espírito vagueia pela capela interior em oração...

Em oração silenciosa por ti!



Elisangela Dias Barbosa




sábado, 27 de julho de 2013

Hino JMJ Rio 2013 em Alemão (Deutsch)



Versão alemã do Hino Oficial da JMJ Rio 2013!

Himno JMJ Rio 2013 en español: "Esperanza del Amanecer"



Versão espanhol do Hino Oficial da JMJ Rio 2013!



Carta ao Papa Francisco

Foto: Arquivo da CPT.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT), junto com as Pastorais do Campo, como Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Serviço Pastoral do Migrante (SPM) e Pastoral da Juventude Rural (PJR), enviaram, através de Dom Enemésio Lazzaris, presidente da CPT, Carta ao Papa Francisco chamando-o para conhecer a realidade das comunidades rurais no Brasil. O documento, assinado por Dom Enemésio, salienta a postura simples do novo Papa, e as recorrentes falas de aproximação da Igreja aos pobres. Da mesma forma, apresenta o trabalho das Pastorais do Campo, que ouvem os clamores desses povos e suas lutas cotidianas pela garantia de seus direitos e pela permanência na terra.
A Carta destaca que a regularização dos territórios tradicionalmente ocupados e da tão sonhada reforma agrária, ainda são assuntos intermitentes na pauta governamental. Ao mesmo tempo, as Pastorais demonstram esperança de que um dia o Papa possa visitar essas comunidades, dando uma demonstração concreta do compromisso da Igreja, conforme Jesus, com os pobres na terra.
Confira o documento:


Caríssimo Irmão Francisco,

Como é bom nos dirigir ao senhor chamando-o simplesmente de irmão, sem qualquer outro título que o distancie do projeto de Jesus. Sentimo-nos muito próximos do senhor por esta sua postura simples e sonhamos com um dia a Igreja se ver totalmente livre, simples e pobre como Jesus de Nazaré, ao lado dos pobres com tantos rostos e nomes. Queremos saudar sua presença no Brasil na Jornada Mundial da Juventude.

Quem somos nós? 
Somos um conjunto de pastorais da igreja que atuam junto aos homens e mulheres do campo e das águas: o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que atua junto aos povos indígenas de todo o Brasil; a Comissão Pastoral da Terra, CPT, que tem sua atuação junto às diversas categorias de camponeses e camponesas, junto aos trabalhadores e trabalhadoras sem-terra, aos pequenos agricultores familiares, às comunidades quilombolas (comunidades remanescentes formadas por afrodescendentes fugidos da escravidão) e junto aos trabalhadores que acabam submetidos a condições análogas ao trabalho escravo; o Conselho Pastoral dos Pescadores, CPP, que tem como objetivo ser presença de gratuidade evangélica no meio dos pescadores e pescadoras artesanais, estimulando suas organizações para a preservação do meio ambiente e a permanência em seus territórios tradicionais;  o Serviço Pastoral dos Migrantes, SPM, que desenvolve sua ação junto às famílias que constantemente migram em busca de melhores condições de vida, ou de pessoas que todos os anos procuram em outras regiões, longe de suas casas,  trabalhos temporários;  a Pastoral da Juventude Rural, PJR, que atua com os jovens camponeses.

Neste serviço solidário ouvimos todos os dias os gemidos de dor e angústia de milhares de famílias que foram ou ainda são espoliadas de suas terras, de seus meios de subsistência e de sua cultura, que são discriminadas e invisibilizadas Os direitos destes povos, comunidades e famílias são constantemente negados para abrir espaço ao avanço de empresas e empreendimentos capitalistas com seus grandes projetos de “desenvolvimento” com construção de hidrelétricas, exploração de minérios, monocultivos do agronegócio e outros que tudo querem transformar em mercadoria.

Quando alguns direitos são reconhecidos, acabam não sendo respeitados. Para serem reconhecidos é preciso percorrer um penoso e desgastante processo que se prolonga por décadas. Isto acontece, sobretudo quando se trata do direito aos territórios dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, dos pescadores e ribeirinhos e de outras comunidades tradicionais. Porém o reconhecimento e regularização destes territórios e a sonhada Reforma Agrária continuam presentes na sua pauta.
Este trabalho evangélico desenvolvido por bispos, padres, religiosos e religiosas e, sobretudo, por leigos e leigas sofre o ataque de diversos setores da sociedade, em especial daqueles que se colocam como os únicos portadores de direitos, em particular do direito de propriedade e dos que os apoiam. O mais angustiante, porém, é que esta incompreensão a encontramos também em setores da própria igreja e da parte de muitos bispos e padres que estão mais ao lado dos que têm bens e poder, do que ao lado dos pobres.
Irmão Francisco, cada vez que o ouvimos falar que a igreja deve sair de dentro de suas estruturas e estar ao lado dos pobres para ouvir seus clamores e sentir de perto seus sofrimentos, nos sentimos apoiados e fortalecidos em nosso trabalho e em nossa Missão que é a missão samaritana de ajudar a que os caídos se levantem e caminhem por si, a que os oprimidos ergam a cabeça reconhecendo sua dignidade de filhos e filhas de Deus.

Gostaríamos imensamente que um dia o senhor pudesse pessoalmente conhecer de perto a realidade do povo das comunidades com as quais trabalhamos para dar-lhes uma palavra de incentivo e afeto. Mas como no momento não é possível, gostaríamos que mesmo de longe envie sua palavra de conforto para eles  que sofrem a cada dia as violências e as ameaças à vida e à dignidade humana.

Que o Senhor que é pai e mãe de todos abençoe seu ministério à frente da Igreja e abençoe a todos e todas nós.

Dom Enemésio Lazzaris - Bispo de Balsas - MA                                     
Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT)


Rio de Janeiro, 23 de julho de 2013.






JMJ Rio 2013: Flash Mob para acolher Papa Francisco


"Mais um raio de Luz, de Esperança, de Amor e de Paz..."

Daqui a poucas horas, esta canção, acompanhada desta coreografia, será ensaiada com os milhões de jovens e adultos que se encontram na Praia de Copacabana... No projeto ousado de ser o maior flash mob do mundo, a ser apresentado amanhã antes da Missa de Encerramento da JMJ Rio 2013.

Nas minhas raízes indígenas, dia abençoado é dia chuvoso!
O que dizer destes dias de chuva que banhou os passos dos peregrinos na JMJ Rio 2013?

Um vento novo bateu às nossas portas: a simplicidade quis se fazer visível e admirável aos nossos olhos! Não se fez demagoga, ela já percorria as ruas dos bairros pobres de seu povo, andava de metro e fazia a própria comida! Ela teve coragem, de modo humilde, de quebrar estereótipos que não levavam a nada e só mantinham regalias que nem o próprio Cristo ousou receber...

Que estes dias de chuva tenham sido dias abençoados para todos nós! Momento de profunda renovação da fé e conversão do coração e radicalidade na opção evangélica pelos mais pobres e sem voz...

Irmã Chuva banhe nosso coração peregrino aqui na terra... Tantas vezes árido, quase sem esperança, desmotivado, desiludido, desnorteado...

Irmã Chuva, tu que vens do céu, anima nossos passos e mãos para a profecia do Reino de Deus aqui entre nós...

De Francisco, a sua benção para seguirmos em caminhada no sonho ousado e profético de vida digna e plena para todos e todas!
Sua benção Pai Francisco!




segunda-feira, 22 de julho de 2013

Salmo indígena

Créditos da foto: GAIA AMAZON - Cultura Indígena em Evidência por Elvis Silva.



Caminhamos neste mundo rumo a Terra Sem Males!
Nossos passos, cansados e feridos,nutrem-se da esperança de um novo amanhã...
De um outro mundo possível!

Ouço grito sem voz.
Vejo choro sem lágrimas,
porque até isso nos foi roubado!

Vem Liberdade, faz morada entre nós!
Vem Esperança, alimenta o nosso canto
para que não se torne um lamento!
Vem Fraternidade, faz de nós mais irmãos,
mãos abertas, solidárias, prontas para segurar a mão do outro em caminhada,
prontas para não deixar cair no vazio a lágrima de dor...
Vem Amor, reina soberano!
Faz de nós, homens e mulheres, livres, portadores da esperança, fraternos!

Vem e ensina-nos a amar!



Elisangela Dias Barbosa





sábado, 6 de julho de 2013

Voar mais alto


É natural que o passarinho se canse e, por vezes, sinta-se meio perdido
Ao ponto de perguntar-se: "para onde voar?" e "para que voar?"
Mas esse mesmo passarinho tem em si a vitalidade do voo que o assimila a uma águia!
Na pequenez, a ousadia de voar mais alto
E, assim, surpreender-se com a beleza que se vê lá de cima!
Voemos e nos deixemos guiar pela força do vento
E façamos das mãos do Criador nosso ninho natural!
Bom voo para nós!




Elisangela Dias Barbosa



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Extranjero (na voz de Maria Gadú)


Nos passos daquele que vai
a oração de quem fica!

Nos sonhos daquele que vai
a esperança de quem fica!


- Elisangela -


Encontro Arquidiocesano da Pastoral da Juventude

Foto: Elisangela Dias Barbosa, 01 de julho de 2013.


No dia 25 de agosto (domingo), teremos o Encontro Arquidiocesano da Pastoral da Juventude de Belo Horizonte. O mesmo ocorrerá no Colégio Marista Dom Silvério, das 8h às 17h.
O encontro, pós JMJ Rio 2013, quer ser um espaço de convivência e interação entre os grupos de jovens de toda Arquidiocese de Belo Horizonte: espaço de formação, espaço celebrativo, espaço de descontração e conhecimento dos vários projetos nacionais da PJ, os quais são apresentados no subsídio "Somos Igreja Jovem".

"Enquanto existir um raio de luz
E uma esperança que a todos conduz
Existe a certeza, plantada no chão
Ternura e beleza não acabarão
Pois a juventude que sabe guardar
Do amor e da vida não vai descuidar
O rosto de Deus é jovem também
E o sonho mais lindo é ele quem tem
Deus não envelhece, tampouco morreu
Continua vivo no povo que é seu
Se a juventude viesse a faltar
O rosto de Deus iria mudar".


(Trecho da canção O Mesmo Rosto, de Jorge Trevisol)





sexta-feira, 21 de junho de 2013

Com Cecília Meireles...

Desenho: Elisangela Dias Barbosa.

Viver Poesia

Desenho: Elisangela Dias Barbosa.

Nos traços, nos rabiscos, nas cores...
A POESIA!

Na vida, nos passos, nas quedas, nas dores...
A POESIA!

Nos sonhos, na utopia, na ousadia, na luta, entre os amores...
A POESIA!

Na mão estendida, no grito liberado, na marcha do povo, no pão partilhado...
A POESIA!

Poesia é tudo isso e o muito mais que não conseguimos expressar!
Ela é a transfiguração de nosso olhar!
Ela é o fruto ousado do humilde agricultor
que planta palavras e gera sonhos nas almas sensíveis...
Poesia para viver com proeza nossos dias...
Da prosa quero minha história,
Da poesia, minha razão de viver!


Elisangela Dias Barbosa


Vento Norte



Nas águas do Rio Branco, Roraima/Brasil.


O Vento Norte vem falar a minha alma para prosseguir em caminhada.
Olho para a canoa parada às margens do rio e escuto-a dizer-me:
"vem, pega o remo, e vai até a nascente do Grande Rio!"

Ao meu redor tudo é silêncio!

O silêncio sagrado para acolher o recado do vento Norte!

E lá vou eu, na aurora dos novos tempos, remando com minha canoa!

Os tambores de lá me chamam!


Elisangela Dias Barbosa